Enquanto grande parte da mídia mundial parece ignorar os ataques do grupo terrorista ISIS (sigla que no original quer dizer Estado Islâmico no Iraque e na Síria), seus integrantes continuam perseguindo cristãos, muitas vezes crucificando-os ou decepando suas cabeças.
Nascida no seio da Al Qaeda, mas atualmente operando de forma independente, eles têm controlado a região norte do Iraque, o Curdistão. O clima de terror imposto por eles conseguiu impedir pela primeira vez o culto cristão na região de Mosul em 1600 anos.
Relatórios internacionais apontam que ali vivem mais de 3.000 cristãos. Eram 35.000 em 2003.
A grande maioria abandonou a região quando as milícias tomaram controle. Segundo a ONG cristã World Watch Monitor, as famílias restantes estão abrigadas em um bairro cristão. A cidade vizinha, Qaraqosh, já teve cerca de 70 mil cristãos, hoje o número é dez vezes menor.
Na quarta-feira, 25 de junho, as forças aliadas com o ISIS tentaram entrar em Qaraqosh. Várias famílias cristãs morreram por causa do bombardeio. Com isso, grande parte dos cristãos que ainda restavam foram forçados a evacuar a cidade. O premiê iraquiano, Nuri Al Maliki, confirmou que aviões do governo sírio bombardearam ISIS em outras partes do norte do Iraque.
Um membro da Alta Comissão do Iraque para os Direitos Humanos, Dr. Sallama Al Khafaji, relatou que os invasores do ISIS começaram a exigir um imposto (jizya) dos cristãos na região de Mosul. Trata-se do resgate de um costume dos tempos medievais, quando a rígida lei islâmica exigia que os pagassem uma espécie de taxa de proteção e eram proibidos de expressar publicamente sua fé.
Os que se recusam a pagar são agredidos, suas casas incendiadas e algumas vezes até mortos. Entre os objetivos declarados do ISIS está criar um estado islâmico em áreas sunitas do Iraque e da Síria, destruir os cristãos e aniquilar Israel.
Para muitos líderes cristãos iraquianos, há um temor crescente de que os ataques da ISIS fazem com que o cristianismo corra o risco real de ser extinto no país. Pela primeira vez em 1600 anos, os cristãos estão proibidos de cultuar a Deus no norte do Iraque. O bispo de Bagdá, Saad Sirop, desabafou: “Pedimos a Deus que nos dê sabedoria para enfrentar estes problemas com coragem. Não há dúvida que estamos passando por um período muito difícil”.
Com informações Christian Today fonte: GospelPrime
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